Lembro de quando comecei a usar a internet, aí por meados de 1995. Era tudo muito incrível, o acesso a informação online de qualquer parte do planeta e o contato com pessoas de países diferentes. E depois vieram as redes sociais. Encontramos amigos e parentes espalhados pelo mundo e refizemos laços. Eu realmente achava que o futuro da fronteira digital era promissor. Mas então vieram as Big Techs, que viram nas redes sociais uma grande oportunidade para manipular as pessoas e então nos viciaram na rolagem infinita e jogaram as pessoas umas contra as outras para criar engajamento. Deixaram que os ratos saíssem dos bueiros perpetuando notícias falsas e permitindo que eles se agrupassem livremente. Então tivemos o crescimento dos grupos de extrema-direita e neonazistas. Pra mim, uma grande parcela da culpa da crise mundial atual é das Big Techs. Afinal, os grandes ricos lucram com as crises e guerras.

Sei que um tanto quanto drástico começar com esse assunto na minha primeira publicação na minha instância friendica, mas tenho refletido muito sobre o contexto atual da Internet. Não podemos mais depender das Big Techs, nem o usuário comum, nem o microempresário que fica completamente dependente dos “algoritmos” das redes sociais. Sempre tendi a buscar alternativas open source, mas o uso de redes sociais das Big Techs me deixou preguiçoso. Fui seduzido e consumido. Ainda acredito que pode haver aquele futuro promissor que eu esperava, mas para isso preciso deixar essa preguiça para trás, tomar o caminho do fedverso e, no papel de educador, apresentar esse mundo em minhas aulas.